24 abril 2010

Práticas em Sala de Aula

Não cheguei a comentar ainda aqui no blog, mas no final do ano passado concluí a graduação (Pedagogia) e desde Novembro de 2009 comecei a atuar em uma creche conveniada com a Prefeitura do Município de São Paulo (C.E.I. ou Centro de Educação Infantil). Assumi uma sala de crianças de 2 a 3 anos (Minigrupo) em Fevereiro deste ano e trabalho com ela desde então.


Meus pequenos

Não sei se vai me sobrar tempo ou paciência, mas pretendo incluir no blog textos a respeito de práticas em sala de aula que deram certo, que podem servir como dicas para outros professores ou até mesmo pais e/ou responsáveis. Quem sabe posso até incluir algumas fotos - porém, como não fui autorizada a publicar imagens das crianças, elas serão "borradas" -, desenhos, entre outros.. E para enriquecer ainda mais os textos, tentarei embasá-los teoricamente - ou seja, incluir citações de autores renomados na área e etc.

É claro que de todas as práticas que eu publicar aqui, muitas poderão, numa visão construtivista, não terem sido desenvolvidas da maneira mais correta, mais rica. Peço para que entendam, portanto, que como qualquer ser humano, encontro-me em fase de aprendizado. Não duvido de que certas práticas poderão ser criticadas por mim futuramente..



Peço para que entendam, ainda, que muitas vezes o contexto da creche não me permite colocar em prática certas atividades da maneira como eu gostaria. Um exemplo é o de que devemos construir projetos de forma fragmentada, para serem cumpridos "burocraticamente". Ou seja, devemos seguir aquilo que chamam de "linha do tempo" para desenvolvermos nossos projetos - na segunda-feira trabalhar roda de conversa, na terça linguagem escrita, e assim por diante.
No meu ponto de vista, esses projetos acabam sendo desenvolvidos de maneira empobrecida, pois a preocupação maior do professor é "encaixar" determinada atividade segundo a proposta de cada dia da semana - um procedimento burocrático, apenas para registrarmos no diário de classe que estamos seguindo a linha do tempo -, e o mesmo (o projeto) acaba não tendo uma continuidade lógica nem significativa pras crianças.
Para exemplificar melhor, neste mês estamos trabalhando a temática Lobo. Como seria mais apropriado trabalhar este tema? Bom, de diversas maneiras, mas segue o meu exemplo: Ler às crianças a história Chapéuzinho Amarelo, do Chico Buarque; Fazer uma roda da conversa e perguntar se sentem medo de alguma coisa; Propor para que desenhem algo que tenham medo; E assim por diante, sendo que uma atividade leva à outra, possibilitando uma sequência lógica..
O engraçado é que próprios documentos da SME abominam esse tipo de fragmentação. Para eles os projetos devem ser interdisciplinares, ou seja, trabalhar com diversos eixos temáticos em uma única atividade, por exemplo. Mas, na prática, tudo acaba sendo trabalhado de forma diferente.. É complicadíssimo!!

Por ora, é isso.. Espero que me sobre tempo para escrever esses textos, porque, assim como explica Miguel Zabalza no livro Diários de Aula, eles são importantes também para refletirmos a respeito da nossa prática!

2 comentários:

  1. Pena que vcs sejam obrigadas a seguir o programa. Seria muito melhor se o professor tivesse liberdade pra passar aos alunos o que melhor conviesse, já que é o professor que conhece a necessidade de cada criança.

    A sala tá uma gracinha, btw.

    Beijo.

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  2. Que lindo!!! Lidar com criança tem que ter vocação e vontade, parabens!!!


    http://anitamakingof.blogspot.com/

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